Para que Serve Clomid?

Clomid é indicado para tratar a infertilidade em mulheres causada pela anovulação, ou seja, quando ela não ovula. O tratamento com ele só deve começar depois que qualquer outra possibilidade de infertilidade que não seja essa for descartada. O seu princípio ativo é o citrato de clomifeno.

Como tomar?

O tratamento da infertilidade com Clomid é feito em 3 ciclos que podem ser seguidos ou alternados, e a ovulação já pode acontecer após o primeiro ciclo, que dura 5 dias.

Se a paciente não menstrua, pode começar o primeiro ciclo a qualquer momento do mês, mas caso tenha menstruação normalmente ou sangramento induzido por hormônios, aí o ciclo começa no 5º dia contando a partir do primeiro dia do sangramento. Nesse primeiro ciclo, a dose utilizada é de 1 comprimido de 50 mg ao dia, durante os 5 dias seguidos.

Se já houver ovulação após o primeiro ciclo, a dose de 50 mg por dia continua a mesma nos dois outros ciclos. Se não ocorrer, a dose é aumentada para 100 mg por dia, que é a dose máxima diária. O 2º ciclo começa 30 dias após o primeiro e dura 5 dias também.

Quando os 3 ciclos forem finalizados, aí a paciente é liberada para tentar engravidar, mas caso ela já fique grávida durante o tratamento, ela deve parar de tomar os remédios imediatamente, porque ele pode causar malformações no bebê.

Caso a ovulação não ocorra após os 3 ciclos, o tratamento não deve continuar. O indicado é que o motivo disso estar acontecendo seja investigado pelo médico.

É importante ressaltar que o esquecimento de uma dose pode comprometer todo o tratamento, então, caso ocorra, o médico deverá ser informado imediatamente para orientar a paciente sobre o que deve fazer.

CLOMID para homens: Existe?

O Clomid não é indicado oficialmente nem aprovado para tratar a infertilidade em homens, mas é utilizado, sim, na prática clínica, o que não significa que pode ser utilizado por conta própria. O citrato de clomifeno aumenta os níveis de testosterona e a contagem de espermatozoides móveis no sêmen, por isso que é, muitas vezes, prescrito pelo médico, mas geralmente em doses mais baixas.

Engravida mesmo?

O Clomid costuma ser bastante eficaz porque ele age estimulando o crescimento e a liberação dos óvulos para que possam ser fecundados em apenas 6 a 12 dias após o início do tratamento. A ovulação já ocorre, em grande parte dos casos, após o primeiro ciclo, mas só é indicado tentar engravidar ao final dos 3 ciclos, devido à malformação que ele pode causar no feto.

Indux ou Clomid?

E respondendo a uma dúvida frequente, Indux e Clomid possuem o mesmo princípio ativo, o citrato de clomifeno, e o esquema de tratamento é o mesmo para ambos, consistindo em 3 ciclos de 5 dias cada. Tanto um quanto o outro induzem a ovulação, aumentando as chances de gravidez, de maneira igual, com as mesmas contraindicações e efeitos colaterais.

Quem não deve usar?

As pacientes alérgicas ao citrato de clomifeno ou a qualquer outro componente da fórmula do Clomid não podem fazer o tratamento, e ele também não pode ser utilizado durante a gravidez, pelo risco de causar danos ao feto, por isso, antes do tratamento e após cada ciclo dele, a mulher deve fazer um teste para saber se não está grávida. Quanto à amamentação, não se sabe se ele passa para o leite materno, mas pode reduzir a quantidade de leite.

Mulheres com sangramento uterino anormal ou com cisto no ovário também entram nas contraindicações, mas isso não inclui os ovários policísticos, nesse caso a mulher pode utilizar o Clomid normalmente. Por último, quem mais não pode utilizá-lo são as pacientes com doenças hepáticas ou com tumores que crescem na presença de hormônios.

Mulheres diabéticas não estão nessa lista, mas é importante saber que os comprimidos possuem açúcar.

Efeitos colaterais

O uso de Clomid pode provocar, de forma comum, o crescimento benigno dos ovários e ondas de calor repentinas, desconforto pélvico, naquela área do baixo ventre, e no tórax, sangramentos de escape e fluxo menstrual intenso, enjoos e vômitos, visão turva, com ponto ou flashes de luz que podem prejudicar a capacidade de dirigir, e dor de cabeça. As reações raras incluem catarata e neurite óptica, que podem ser irreversíveis, e convulsões.

Também pode haver outras reações adversas de frequência desconhecida, como alterações no humor, sensações estranhas e inflamações na pele e ao redor da boca, tontura, ansiedade e depressão, insônia, queda de cabelo, taquicardia e palpitações, inflamação do pâncreas e aumento das transaminases, afinamento do endométrio, que é a camada do útero que descama durante a menstruação, tumores benignos e malignos no útero e reações alérgicas, incluindo reações anafiláticas.

As taxas de colesterol também podem aumentar durante o tratamento e o risco de desenvolvimento ou piora da endometriose também existe. E como é comum em alguns tratamentos de fertilidade, pode ocorrer gravidez múltipla, na tuba uterina ou fora do útero.

A presença do corante amarelo de tartrazina na fórmula de Clomid pode causar reações alérgicas, como a asma brônquica, principalmente em pessoas que já têm alergia ao ácido acetilsalicílico.

Não existem relatos de qualquer interação específica do clomifeno com outras substâncias medicamentosas, mas o médico deve ser informado de todos os remédios que a paciente faz uso.

Preço

Uma caixa com 10 comprimidos de 50 mg de Clomid custa de R$ 48,00 a R$ 65,00.

Atualizado em: 27/01/2023 na categoria: Hormonais