Sinais que Você Pode ter Trombose

Se você se encaixa nos grupos de risco para a trombose, se ficou com uma imobilidade prolongada e começou a apresentar alguns sinais de forma repentina, principalmente nas pernas, como veias saltadas, inchaço, mudança da coloração, dor, fraqueza e rigidez muscular, é preciso buscar tratamento imediatamente, pois podem ser sinais de trombose venosa profunda. Mas existem outras formas de trombose e outros sintomas também. Vou te contar tudo o que você precisa saber sobre ela: o que é, quais são os tipos e formas, o que causa, seus sintomas e como o tratamento é feito.

O que é trombose

Nós chamamos de trombose a formação de um coágulo sanguíneo em uma veia ou artéria do corpo, que acaba obstruindo o fluxo sanguíneo local. A mais comum é a trombose venosa profunda, que ocorre em uma ou mais veias da perna, e trata-se de um quadro perigoso, porque esse coágulo pode se desprender e ir parar nos pulmões, no coração e até mesmo no cérebro, causando embolia pulmonar, infarto e AVC.

Tipos e formas de trombose

São dois tipos de trombose: a trombose aguda e a trombose crônica. A aguda é a menos perigosa, é quando o próprio corpo já se livra desse coágulo sem deixar que o quadro evolua para condições mais graves.

Mas, quando o corpo, por algum motivo, não consegue dissolver esse coágulo completamente, os resquícios dele permanecem nas veias, destruindo as válvulas que impedem que o sangue que está indo das veias em direção ao coração retorne. O resultado é que o sangue passa a ficar acumulado naquela região onde a válvula foi destruída, causando vários sintomas.

E não é só isso, a trombose pode se manifestar, ainda, de 3 formas: a Trombose Venosa Profunda, a Trombose Arterial e a Trombose hemorroidaria.

A TVP, que é a Trombose Venosa Profunda, é a forma mais comum da trombose, que ocorre geralmente em uma ou mais veias das pernas.

Na Trombose arterial, também chamada de Doença Arterial Obstrutiva Periférica, os trombos ocorrem em uma artéria, que pode ser cerebral, causando o AVC, por exemplo. Mas essa obstrução arterial também pode ser causada por placas de gordura também.

E na Trombose hemorroidaria, o trombo se forma na hemorroida, nas veias inchadas e inflamadas nas margens anais.

Sintomas da Trombose

Para cada tipo de trombose, alguns sintomas se diferenciam, é claro.

Sintomas de trombose venosa profunda

A trombose venosa profunda, que a gente chama popularmente de trombose, ocorre na perna e geralmente não apresenta sintomas. (trombose-venosa-profunda-1) Mas quando eles estão presentes, podem incluir dor e inchaço na região, veias saltadas, aumento da temperatura local, (trombose-venosa-profunda-2) vermelhidão e mudança da coloração da pele, rigidez e fraqueza muscular geralmente ali na panturrilha, na batata da perna ou na parte posterior da coxa (trombose-venosa-profunda-3), mas pode ocorrer em qualquer outro local da parte inferior do corpo também. E mais raramente, até no braço.

Sintomas de trombose arterial

Os sintomas da trombose arterial vão ser praticamente os mesmos. A pele no local da formação do coágulo também pode ficar com uma coloração azul-arroxeada causada pela falta de oxigênio naquela região onde a artéria está obstruída, que pode ser ao longo da perna também. (Sintomas de trombose arterial 1, Sintomas de trombose arterial 2)

Sintomas de trombose hemorroidaria

E os sintomas da trombose hemorroidaria se assemelham com os sintomas que a própria hemorroida causa, como dores fortes na região anal, sangramento ao fazer algum esforço, inchaço e nódulos no local. (trombose-hemorroidaria, trombose-hemorroidaria 2)

Quais são as causas da trombose?

São inúmeras as causas da trombose, principalmente para quem já tem um histórico familiar do problema e quem já tem algum distúrbio que facilite a formação de coágulos.

A ocorrência da trombose venosa profunda é muito mais comum nas mulheres e, principalmente, nas que fazem uso de anticoncepcionais combinados ou que estão em tratamento hormonal.

O hábito de fumar, a obesidade, presença de varizes e doenças como insuficiência cardíaca e tumores malignos também são mais algumas causas da trombose, além da gravidez, ter uma idade mais avançada, uma imobilidade prolongada das pernas, como durante uma viagem de avião, por exemplo, e, claro, a história prévia da trombose venosa.

Passar por cirurgias ortopédicas, oncológicas e ginecológicas oferecem mais risco para a formação de coágulos nas veias também.

No caso das tromboses arteriais, os fatores de risco são todos aqueles que também podem levar à aterosclerose, à formação de placas de gordura e outros elementos nas artérias, como o diabetes, a hipertensão arterial, o colesterol alto, sedentarismo, altos níveis de estresse, obesidade e tabagismo.

E a trombose hemorroidaria geralmente se forma quando a hemorroida se rompe e fica comprimida pelo ânus, o que vai aprisionar o sangue naquela região, formando o coágulo sanguíneo.

Como evitar trombose?

Como são várias as causas e os fatores de risco, muitos deles evitáveis, o ideal é levar uma vida saudável, evitando o fumo, o sedentarismo, controlando o peso e a ingestão de gorduras, trocar o método contraceptivo, no caso das mulheres, para um que não seja hormonal, e usar meias elásticas nas pernas em caso de insuficiência venosa, por exemplo.

Tratamento

O tratamento da trombose venosa profunda é feito com medicamentos anticoagulantes, incluindo os injetáveis em casos mais graves, com o uso de meias de compressão para diminuir o inchaço local e também com a colocação de filtros na maior veia do abdômen com a finalidade de impedir que os coágulos sanguíneos consigam chegar até os pulmões, caso eles se desprendam.

Na trombose arterial, medicamentos antiplaquetários e que reduzem o colesterol são usados no tratamento, que também pode envolver a colocação de pontes ou stents de forma cirúrgica que vão restabelecer o fluxo sanguíneo ou criar desvios para o sangue possa fluir normalmente.

E o tratamento da trombose hemorroidaria pode ser feito com procedimentos para provocar a queda da hemorroida, como a colocação de um elástico, a injeção de líquido esclerosante ou a cirurgia para remoção nos casos em que a necrose já está presente.